BRUNO
Depois que saí da empresa com Caetano, fomos até a sorveteria mais perto dali. Ele quis sorvete de chocolate com menta e calda de chocolate e, aproveitei para pedir o de pistache para mim. Eu não devia ter aceitado ficar com o pequeno, mas ele era só uma criança e não tinha culpa de nada do que aconteceu entre eu e a mãe dele.
— Tio Bruno.
— O que foi, pequeno?
— Você não tem namorada, não é?
— Isso mesmo.
— Então por que você não namora a minha mãe?
— Por que está falando isso?
— Porque eu escutei a vovó e o tio Caio conversando e ela falou que a mamãe precisava arrumar um namorado para ser feliz.
— Eles falaram isso?
— Sim, mas eu acho que a mamãe é feliz comigo. — Ele comeu uma colherada de sorvete. — Você não acha?
— Tenho certeza que sim, mas acho que a sua avó estava falando sobre outro tipo de felicidade.
— Só por que o meu papai virou estrelinha?
— Acho que sim.
— Então se você namorar ela e virar meu papai, ela vai ficar mais feliz?
— Não sei.
Caetano pareceu se conten