Capítulo 148

O disparo ecoou pela capela com uma força ensurdecedora, e o tempo, de repente, pareceu desacelerar. Tudo ao meu redor começou a se mover como se o mundo estivesse submerso em um oceano espesso. Eu assisti, impotente, enquanto a bala saía da arma, rasgando o ar com uma precisão assustadora. Cada milésimo de segundo se estendia em uma eternidade. Meu corpo congelou, preso em uma espécie de paralisia. Minha mente gritava, mas eu não conseguia emitir som algum. Minha boca não se mexia. O medo gelado corroía minha espinha, bloqueando qualquer tentativa de reação. O ambiente ao redor – a capela cheia de gente, as flores delicadas que decoravam o altar, os rostos chocados – tudo se distorcia, como se estivesse a quilômetros de distância. Só uma coisa estava clara: o cano da arma, ainda fumegante, nas mãos trêmulas de Valentina. O olhar de ódio em seus olhos, o som abafado de vozes em pânico, tudo se misturava numa cacofonia distante.

Tudo parecia tão surreal, como se eu estivesse presa em u
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