— Posso pelo menos ver sua gatinha?
— Ali está ela. — Alexandre aponta e Dito procura ansioso. — Do lado da loira conversando.— Cabra, que gatinha. Tu não sabes dividir, é?— Acredito que não, RS. — Dito bebe com Alexandre e a gatinha volta para conversar com o Dito.— Oi, aquela bebida está em pé? — A gatinha pergunta.— Claro, o que quer? Primo, pega uma bebida para gatinha.— Cadê sua identidade moleque? — O primo pergunta nervoso.— Você ainda tem cara de moleque mesmo. — Alexandre Comenta.Ele tira o RG do bolso e entrega para o Primo— Tá certo, pode ficar.— Vem dançar, bonitão. — A mulher o chama toda melosa.— Claro...Alexandre ri muito do jeito do Dito, o cara nunca muda.— Alexandre. — Cíntia o chama com uma voz, bela e doce.— Oi, como está?— Melhor agora que chegou. Senti sua falta esses dias que não veio.— É eu também.— Quer subir agora?— Vamos. — Sobem de mãos dadas.No quarto, Cíntia tranca a porta e vai abrindo os botões da camisa dele.— Pensei que, queria conversar primeiro, RS... — Ele fala surpreso.— Estou com muita saudade, primeiro quero você. Depois nós conversamos.— Insaciável...— Só por você amorzinho. Fico muito triste quando não vem.— Então vamos apagar esse incêndio.— RS...De madrugada, Alexandre se despede da moça.— Não vai, por favor.Ela segura a mão dele, tentando impedi-lo de ir.— Eu tenho que ir, vou trabalhar daqui a pouco e preciso ver se a mulherada não matou meu amigo Dito.— Vou sentir saudades de novo.— Eu também.Alexandre está prestes a tomar uma decisão na vida e a noite terá essa resposta.— Até mais tarde então?— Sim, venho ficar com você a noite.— RS, estarei esperando.Alexandre sai e encontra uma moça saindo do quarto que deixou o Dito.— Oi gato. — A moça paquera Alexandre.— Dito estava com você?— Também, RS. Pode entrar ele está dormindo com as meninas.Alexandre entra e não vê o Dito na cama.— Mais… cadê ele? — Fala mais para si mesmo. Resolve falar mais alto. — Dito! — As meninas se mexem com o som de sua voz.— Vocês viram o Dito?Devagar elas se levantam, a mulherada estava dormindo encima dele.— Mais rapaz. — Dito se mexe. — Cara pensei que estava morto.Dito levanta a cabeça e olha por sobre o ombro— Cara, me sinto morto!— Cara eu te falei para não ir com muita sede ao pote. Vamos para casa.Dito geme com dor na cabeça.— Vai logo, Dito veste uma roupa, não quero ficar olhando essa bunda branca.— Tá bom.Alexandre desce para esperar. Dito está quase saindo e as meninas o puxa para se despedir enchendo ele de beijos.— Misericórdia uma avalanche! Depois eu volto gatinhas.Encontra com Alexandre sentado esperando no balcão.— Cabra, que dor de cabeça, hein.— Vamos Dito.No caminho Dito conta sua performance e Alexandre ri muito.— Meu essas gatinhas são insaciáveis, cara. Quando a gente pensa que deu conta e vai para a próxima, a mina já quer de novo.— Kkk... É assim mesmo. Por isso te dei o aviso e você não seguiu.— Ah cara, eu não fiz feio. Catei todas que apareceu. Mas também fiquei moído. Alexandre para o carro na porteira— Tu vais hoje de novo? — Dito pergunta.— Vou sim.— Então vou contigo.— Tá bom, mesmo horário.— Beleza.Alexandre passa o dia pensando, quase não consegue trabalhar direito. A decisão que vai tomar será muito importante em sua vida, não poderá se arrepender depois.Alexandre pensa em Mariza. O que o impede a três meses de tomar essa decisão é o que ainda sente pela Mariza. Acredita que não importa o que faça, nunca vai esquecer sua ruiva da escola.— Amor... Preciso te esquecer de qualquer jeito.Volta para o serviço, sua decisão já está tomada.Dito trabalho o dia sorrindo.— Meu você vai sentir dor na boca no fim do dia. — Fala Daniel.— Tá parecendo um idiota. — Dito para de trabalho estressado com o Benê.— Tu és um recalcado.— Recalque o cacete, nanico magrela. — Fala Benê.— Para de me chamar de nanico. Tenho 1,80 m. Meu corpo é muito bem definido. Só não tenho muitos músculos que nem você.— Eu tenho 1,90 nanico.— Tô com 1,85. — Fala Daniel.— Até o Daniel é maior que você e já tá beirando os 15 anos.— Peste, você tirou o dia para me irritar. Vou quebrar a sua cara.— Então dá murro para cima, kkk... — Benê sai rindo.— Recalcado do inferno.A noite chega rápido, Alexandre se arruma e sai. Dito está aguardando todo feliz.— Bora, cabra.— RS...No bar dos Primos...Alexandre observa Dito se engraçando com as meninas. Antes de se encontrar com Cíntia acha melhor beber. Não quer pensar na Mariza na hora que estiver com a outra. Um pouco torto sobe para o quarto da moça.— Você veio. — Ela o abraça.— Eu vim conversar com você.Diz enquanto a moça já começa a lhe arrancar as roupas.— Espera, precisamos conversar primeiro.— Agora não... — Ela fala fogosa.Ele segura as mãos dela dizendo:— Preciso falar agora, por favor.Ela para:— Está tão sério? Não me quer mais?— Quero sim.— Porque está nervoso?— É que eu não sei como te dizer.— Apenas fale.Eles se sentam, Mariza ainda está em sua cabeça. Precisa dizer logo antes que perca a coragem— Cíntia?— Sim.— Quer casar comigo?— Quê?— Eu gosto muito de você. Acredito que também goste de mim. Acredito que daremos certo juntos.— Você não se importa que eu seja...?— Não me importo. É só minha a um tempo e também fico só com você. O que me diz? Aceita?— RS… seria maravilhoso poder ficar com você todos os dias. Eu aceito.— Essa semana tiro você daqui. E marcaremos o casamento.— RS... É difícil acreditar.— Pois, acredite.— RS... — Selam o compromisso passando a noite juntos.