Oliver
Voltamos do passeio tão exaustos, quanto felizes.
O som das ondas era constante, um fundo calmante que parecia reforçar a tranquilidade daquele lugar. Estávamos sentados na varanda do bangalô, uma brisa suave tocava nossos rostos enquanto a lua refletia no mar à frente. Eu tinha minha mão entrelaçada à de Emily, sentindo o calor de sua pele contra a minha. Mas, mesmo naquele cenário perfeito, não pude deixar de notar o olhar distante dela.
— O que está passando por essa cabeça? — Perguntei, apertando sua mão levemente.
Ela demorou a responder, o olhar fixo no horizonte, como se estivesse tentando organizar os pensamentos. Finalmente, virou-se para mim, e havia uma vulnerabilidade em seus olhos que me partiu o coração.
— Eu estava pensando em... como tudo poderia ter acabado de forma diferente. — Disse ela, a voz baixa, quase um sussurro. — O sequestro, Fernando, tudo... foi um pesadelo.
Eu senti meu corpo se contrair ao ouvir o nome dele. Mesmo agora, depois de termos superado