Narrado por Sara
A música alta mal deixava a gente pensar, mas mesmo assim, ali no meio daquela mansão barulhenta e cheia de gente bonita e metida, eu me sentia… leve. Estranhamente leve. A Luna era diferente do que eu imaginava — autêntica, direta e completamente doida. E eu adorei isso.
Ela me puxou pelo braço como se já fôssemos melhores amigas há séculos.
— Hoje você vai beber, Sara! — ela disse, me enfiando um copo na mão com aquele brilho sapeca nos olhos.
— Já faz tempo que não bebo — tentei argumentar, mas já era tarde. O copo estava cheio e o álcool já fazia cócegas no nariz. Dei um gole. Forte, mas bom. Muito melhor que o gosto amargo de estar casada com um idiota.
A gente se afastou dos rapazes, e enquanto eles fofocavam como um bando de velhas numa praça, eu e Luna sentamos no sofá.
Ela me olhou de canto, como quem já sabia tudo.
— Leandro me contou que você e o Vinícius estão só fingindo pro tio Rodrigo.
Revirei os olhos e suspirei. Eu já nem escondia mais.
— É v