Do lado de fora, o ar da noite era frio e denso. O motorista já aguardava próximo ao carro preto estacionado sob entrada iluminada.
Alexander lançou um último olhar para trás. Pela vidraça, viu Camila parada ao lado dos pais, imóvel — mas os olhos dela o procuravam como se tentassem retê-lo por mais um instante.
Crystofe abriu a porta do carro e brincou, num tom leve:
— Fascinado é pouco, não é, Alexander?
— Do que está falando — respondeu ele, com um meio sorriso. — Acho que encontrei algo… que não quero deveria existir, mas não é para tanto.
Crystofe perguntou com curiosidade:
— O que vai fazer agora?
— Além de ir para casa, Esperar. — respondeu ele, em tom grave. — Porque algo me diz que o destino acabou de escolher minha estagiaria... e não sou eu quem vai ditar a próxima jogada, será ela.
E então entrou no carro.
O veículo partiu suavemente pela estrada ladeada de árvores, levando consigo o homem que, sem querer, deixara a noite inteira em suspenso.
O som grave das turbinas c