A fronteira norte do território estava tensa na última semana. Mark seguia o rastro de presas mortas que começaram a aparecer ao longo da margem do rio pertencente à matilha. Grande parte das presas estava despedaçada de tal forma que ficava claro que fora um lobo o responsável pelo ataque. Mas não foi uma caçada para abastecimento; ao contrário, deixar as presas para os corvos e apodrecer indicava que quem quer que fosse o caçador, apenas desejava diminuir as peças de caça, o que não é bom, especialmente agora que o inverno está tão próximo.
— Conseguiste encontrar algo? — pergunta uma voz suave atrás dele.
— Pensei ter te dito para ficar na guarita. — responde enquanto tenta farejar o rastro do lobo causador da carnificina.
— Não mudas, sempre querendo resolver tudo sozinho. — Ignorando o tom áspero da resposta de seu irmão, Melisha senta-se sobre uma das grandes pedras à beira do rio. Embora seu rosto mostre tranquilidade, seus instintos permanecem alerta para qualquer perigo.
.
.