Capítulo 12

Peter Snow

— Qual é gente, vocês sabem muito bem que essas coisas não se apagam, só precisa saber onde e como procurar.  — Ela falou como se todos soubessem dessa informação, sendo que a nerd da computação é ela

— Aposto que minha super-mega-hiper-nerd e genial amiga sabe um jeitinho de encontrar esse vilão.

— Não disse que seria fácil e não sou tudo isso Lena, mas essas coisas sempre deixam rastros. A pessoa pensa que apaga tudo, muitos vão e ainda apagam o backup pensando que resolveu tudo, mas sempre tem o backup do backup, claro que dá mais um tantinho de trabalho, mas impossível não é não.

— O técnico do meu chefe de segurança disse mais ou menos isso, meu técnico também está procurando.

— Seu técnico não é um dos que sabia o código e tudo mais? — Vick arqueia uma sobrancelha para mim e quero rir de sua carinha e, ao mesmo tempo, beijá-la.

Saudades dessa boca!

— Sim. Ele e a Abigail a vice-presidente da Snow.tec.

— Não seria melhor deixar eles de fora? Digo, não completamente, mas até saber exatamente com quem está lidando, querendo ou não eles sabem que os nomes deles estão na reta. 

Ela levanta-se indo até sua bolsa e vem de lá com um notebook sentando-se no chão, coloca seu notebook na mesa de centro enquanto coloca uma das almofadas em suas pernas cruzando-as deixando seus saltos de lado.

— Posso?

— Do que você precisa? Não sei se você conseguirá, mas veremos.

— Tenha um pouco de fé em mim, Snow. E eu só preciso da sua autorização. — Diz me olhando e confirmo com a cabeça sentando-me no sofá ao seu lado.

— Você tem.

— Vai lá MacGyver, arrebenta! — Zomba Rainer e Vick apenas sorri para ele.

— MacGyver não é um hacker, é um cara inteligente que sabe transformar qualquer coisa em algo que esteja precisando.

Enquanto ela vai falando seus dedos já vão mexendo em cima das teclas abrindo e fechando janelas que nem consigo ter tempo de ler.

— Não sabia que era um hacker. — Diz Raiff e Vick abre um sorrisinho para ele. Um sorriso que esconde muita coisa.

— Digamos que meu conhecimento em informática é amplo. Meu pai é detetive, esqueceu? Se ele me pega hackeando alguém ele me esfola viva, a não ser que seja uma questão de segurança, aí ele até tolera. Mas quase ninguém sabe desse meu lado obscuro. — Diz e olha de relance para Lena ainda com seus dedos trabalhando.

— Ajudarei a Dadi com o jantar. — Diz minha mãe levantando-se e seguindo para a cozinha.

Pego mais uma cerveja e dessa vez até o Raiff aceita beber também, ficamos todos sentados e aproveito para falar sobre a segurança extra que todos vão precisar.

— Com esse acontecimento vou alocar mais seguranças para vocês, não dá para andarem sem uma proteção.

— Como assim? Está dizendo que terei um cão de guarda na minha cola?

— Sim Lena. Exatamente isso.

— Mais Peter!

— Lena, essa pessoa invadiu a minha empresa, um dos lugares mais seguros que conheço, acha mesmo que ele ou eles, não podem ir atrás de um de vocês visando conseguir sabe o que quer de mim?

— E, porque viria atrás de mim?

— Porque as pessoas são sequestradas Lena?

— É um saco Peter, andar com um paredão desses em minha cola é um porre.

— Terá que se acostumar Lena.

— Nós também Peter? A Lena entendo, ela é mulher e não sabe se defender, mas…

— Você já era para ter sua própria segurança Rainer. É um advogado, vive defendendo ou acusando pessoas más. Nunca teve medo de nenhum deles acertar uma bala na sua cabeça na saída do fórum?

— Recebo algumas ameaças, algumas até assustadoras, mas não deixarei de fazer meu trabalho por causa disso.

— Não é deixar de fazer seu trabalho, trata-se da sua segurança.

— Com medo de me perder, maninho?

— Vá à merda Rainer, o assunto é sério.

— Seu irmão tem razão Rainer. E que história é essa de ameaça que você nunca me falou?

— Relaxa velho, está tudo sob controle, Peter que é um exagerado.

— Exagerado ou não, todos vocês terão sim segurança 24/7. Dereck está vendo os detalhes e assim que ele me trouxe a ficha de todos eles, e eu fizer as verificações, os enviarei a vocês.

— Por mim tudo bem.

— Você é muito compreensível Raiff, nem parece ser meu irmão!

— Eu só não insistirei com algo que sei que não dará em nada. E se Peter e seu chefe de segurança acreditam que estamos correndo riscos de alguma maneira, eu prefiro alguém protegendo minha retaguarda. Só temos uma vida Rainer.

Lena e Rainer continuam resmungando sobre não querer e o porquê de não querer um “cão de guarda” como eles dizem e meu pai acaba se metendo entre eles, mandando os dois se calarem.

— Pausa para a janta, meninos, depois vocês voltam para essa discussão. — Diz minha mãe.

— Vick, vamos jantar, depois você volta para fazer isso aí.

— Não posso parar agora Lena, podem ir, eu continuarei isso aqui.

— Você precisa jantar. — Toco em seu ombro e sinto seu corpo estremecer.

Também estou com saudades baby!

— Depois. — Ela desvia o seu olhar por um segundo da tela e me olha com seu rosto corando, mas logo volta sua atenção para o que está fazendo.

Todos se levantam e seguem para a sala de jantar deixando-me sozinho com Vicktória, aproveito e deslizo para o chão sentando-me ao seu lado, tirando uma mecha de seu cabelo colocando-o atrás de sua orelha.

— Obrigado por estar aqui. Mesmo acreditando que você estaria mais segura se estivesse em Chicago.

Ela para seus dedos por um momento me olha e pisca seus olhinhos azuis como se estivesse ajustando sua visão.

— Não há outro lugar em que eu gostaria mais de estar.

Sem resistir seguro seu queixo e me aproximo de sua boca beijando seus doces lábios. Sua mão vem até meus cabelos segurando-os e puxando-os fazendo-me gemer e só paramos quando estamos sem conseguir respirar.

Mordo seu lábio inferior chupando-o, quando solto sorrio deixando um beijo em seu nariz.

— Linda!

— Preciso fazer isso aqui Peter, você está me distraindo.

— Estou é?

— Você sabe que sim.

— Não quer mesmo comer?

— Como depois.

— Então deixarei você fazer sua mágica e peço para Dadi guardar seu prato.

— Obrigada!

— Volto já, não saía daí.

— Não vou a lugar nenhum.

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