“Você não manda mais em mim. Eu tenho dezoito anos agora!”
“Ah é?” O seu pai se aproxima dela, ficando com o rosto tão próximo que pareceu querer beija-la. Mas nunca houve nenhum tipo de intimidade desse tipo com ele. “E para onde você vai? Acha que tem alguma escolha? Quem você acha que daria algum abrigo a você?”
“Eu posso trabalhar. Vou me sustentar sozinha!”
O homem ri alto, deixando toda sua ironia em evidência. “Você não vai conseguir nada nessa cidade. Acha que alguém dará emprego a alguém como você? Sabe muito bem que essa região é conservadora, Madison. Pare de tolice e aceite o seu destino.”
Ela apenas limpa uma lágrima que ainda insistia em escorrer por seu lindo rosto de porcelana, como o de uma delicada e bem feita boneca. “Eu vou embora daqui.”
“E como vai fazer isso? Não lhe darei um centavo.”
E a Madison sabia bem que seu pai estava falando serio. Lembrou-se que nunca teve dinheiro algum, porque ele não lhe dava para gastar. Havia uma distinção muito clara na forma co