25 | Ainda com o Seu Professor

Hector sempre me acorda com o ronco. Não é fácil dormir com ele.

— Hector — chamo. Ele geme. — Vira para o lado.

Ele faz o que peço e para de dormir de barriga para cima.

Passo o braço pela a cintura dele, ficando mais junto ao seu corpo. Coloco um selinho no pescoço dele e volto a dormir.

Retorno a minha vida em Kelowna, quando tinha só 7 anos e minha mãe morava com meu pai e meu meio irmão.

Morávamos em uma casa de dois andares próximo ao lago. Tínhamos muitos vizinhos e uma vida por fora perfeita, aparentemente. Minha mãe apanhava sempre que meu pai bebia. Às vezes não precisa ele beber também.

Amster me trancava no quarto quando começava. Gritos de socorro e tapas. Claramente os vizinhos ouviam, mas não se metiam. 

Já tinha ouvido na creche, de uma professora, “que minha mãe devia começar a seguir o que o marido dizia para não apanhar. Ninguém gostava dos gritos dela.”

Lembro de ter contado para ela.

“Vadia, espero que s

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