A porta do térreo dá sinal de cansaço quando nossos ombros colidem pela sexta vez contra ela.
— Falta pouco agora — diz Romy com a lanterna na mão enquanto eu e o outro professor se prepara para outra sequência de batidas de ombros.
— De novo? — pergunto.
— De novo — ele concorda.
Suspiro. Estou odiando a água que circula pelas minhas canelas, só está me atrapalhando a conseguir arrombar essa porta para ver Angus.
Voltamos a golpear a porta com os ombros. O ferro é martelado, junto dele acompanham-se nossas queixas de dor e os gritos de incentivo de Romy.
A porta finalmente cede, o lado de fora é revelado a nós. E o tronco de árvore que estava emperrando a porta escorre pelo corredor sendo levado pela correnteza.
— O térreo virou um rio — comenta o professor, ao meu lado, olhando a correnteza que domina o corredor.
— Meu carro deve ter sido levado — diz Romy.
— Será que conseguimos chegar do outro lado? — o profe