Deveria ser apenas uma manhã típica, Dállia se levantou feliz, preparou o café da manhã, colocou as roupas na máquina de lavar.
A rotina que seguia era sempre a mesma, acordar às 4 da manhã fazer tudo sem nenhum barulho e por fim, vestir as roupas que o marido gostava que ela usasse.
Já não se importava.
Colocou a saia de couro sintético, ficou sem a calcinha, era assim que Russo gostava.
Primeiro, preparou o café. Forte e muito doce como o marido gostava. Depois, esquentou os pães, cortou as frutas e sorriu quando encontrou uma caixa de morangos escondida no fundo da geladeira.
Ela amava morangos, mas Russo não comprava.
— Desde quando cadelas comem morangos? Se quiser te compro ração.
Foi o que ele disse quando ela pediu. Havia segurado aquela vontade por meses, por fim pediu. A primeira e a última vez que pediu algo a Russo.
Mas Tank sempre trazia, pelo menos uma vez por semana. E naquela manhã os morangos estavam lindos.
Pegou um e enfiou na boca de uma vez.
O cheiro de c