Beatriz Leoni
Olá sou chamada por um certo cafajeste de Ruiva, sim sou ruiva, mas nem sei por quanto tempo, minha vontade é de mudar minha vida , meu visual, tudo que lembra a minha mãe, nós somos muito parecidas fisicamente, mas ela acha que temos que ser parecidas em tudo até no que eu tenho que ser. Quando era nova foi uma grande Bailarina, ganhou muitos prêmios e viajou o mundo representando a Academia que hoje eu estou cursando em Joinville. Minha intenção é aprimorar a dança e não viajar o mundo por causa dela, pois venho descobrindo uma nova paixão, mas nem posso sonhar em falar para ela. Ela me culpa, não diretamente , mas sempre que dá j**a na minha cara que meu pai a abandonou e por isso ela não pode continuar viajando , já que acabou tendo que me criar sozinha, no início teve ajuda da minha avó , porém após a sua morte , minha mãe se mudou para uma cidade pequena, onde abriu a sua academia de dança e foi onde eu conheci a minha melhor amiga Angelina e depois toda a sua turma. Eu já tinha 08 anos quando nós nos mudamos. Minha mãe logo cresceu na cidade e sua academia acabou sendo a mais procurada, eu não tinha muitos amigos, sempre fui muito reservada e tímida, até porque na cidade que moramos as meninas e os meninos falavam que eu era filha de mãe solteira, que minha mãe não tinha marido. Eu sofria muito bullying, chegava em casa chorando e perguntava para a minha mãe sobre o meu pai. Ela só falava que ele havia abandonado nós duas, que não merecia o meu amor . Com isso eu fui criando ódio por ele e nem esperava vê - lo mais, este sonho morreu junto com a minha esperança. Onde moramos tudo foi diferente, nunca sofri bullying, minhas amigas Angelina e CRISTIANE sempre estavam ao meu lado, aos poucos eu fui me soltando e fui fazendo novas amizades, minha mãe ainda era bem rígida comigo, mas eu levava mais de boa, até comecei a achar que sim, a dança seria a minha vida assim como foi para ela. Adorava dançar principalmente quando íamos para a casa da Cristiane, ensaiar, Angelina ficava de olho no Cris e eu suspirava pelo Derek, mas ele nunca me deu bola, também ele era super popular, tinha várias meninas no pé dele .Lutava, fazia academia, era o Bambam por onde passava. E eu era só uma menininha, que estava prestes a completar seus 14 anos, enquanto ele já tinha seus 18 anos. E foi em uma destas idas na casa da Cristiane que elas me convenceram a dar uma festa já que faltavam poucos dias para eu completar 14 anos. E assim fiz, falei com a minha mãe e ela liberou a academia ,seria uma boa oportunidade para o meu primo que havia acabado de chegar na cidade se enturmar também, só era difícil saber quem era mais tímido eu ou ele. Cristiane estava de olho nele, mas ele não dava muita bola até porque tinha feito amizade com os meninos e sabia que o Cris era ciumento. Mas aquela ali ninguém segurava quando ela queria alguma coisa. O dia da minha festa chegou, eu não estava me sentindo muito bem, tive sonhos estranhos, sempre sonhava com um homem que me procurava dentro de um labirinto, nós corríamos para lados opostos, mas a nossa vontade era correr para o mesmo lado, eu acordei assustada , não era a primeira vez que tinha esse sonho. Eu sempre ficava bolada o dia todo quando tinha este sonho, mas hoje era meu dia e não podia ficar triste, então me vesti e logo recebi minhas amigas. Eu estava muito feliz a festa estava linda, eu havia chamado alguns amigos da escola e da academia ,um dos meninos da escola o Theo que era da sala do Danilo, sempre me olhava diferente, mas como eu só tinha olhos para um moreno cafajeste, nem prestava atenção nele, mas eu e a Angelina fizemos um pacto, iríamos dar o nosso primeiro beijo naquela noite mesmo se o Cris e o Derek não nós quisessem. Bom, minha amiga teve sorte, pois o Cris, após sentir que a Angelina ia dar uns beijo, tratou de ir atrás dela quando ela se ausentou da roda e após um tempo eles voltaram de mãos dadas era tão lindo eles juntos. Já eu não tive essa sorte, Derek até me olhava , mas não com desejo. Então aquela noite eu tomei uma decisão, eu não iria mais ficar em cima dele, ele se achava muito. Era meu dia, minha festa, então eu aproveitei bastante dancei muito com as meninas, Cristiane não parava de dançar provocando o meu primo e foi nessa hora que ela mandou eu acordar para a vida. — Bia não olha, mas o Théo não para de te secar amiga, você está deixando passar a oportunidade de dar uns beijo nele , e deixar o babaca do Derek de escanteio até porque ele não está nem aí para você - Ela aponta para um canto e ele está lá se agarrando com uma menina da academia que tem a mesma idade que eu, então o problema não é a idade e sim eu, ele não quer se aproximar de mim,então que assim seja. —Você está certa , cansei de olhar para este idiota - Falo . Cristiane b**e palmas, pisca para mim e pede licença, fico sem entender, mas logo escuto o Theo atrás de mim. A música agitada que estava tocando, para e começa uma música lenta. —Concede essa dança, aniversariante - escuto sua voz calma e cheia de expectativa perto do meu ouvido e nesta hora meu olhar se encontra com o do Derek que está me olhando por cima do ombro da menina, enquanto ela beija o pescoço dele. Detalhe ainda está com a mão na bunda dela: é muito canalha. Me viro para o Theo e balanço a cabeça em positivo. Ele me puxa colocando as mãos na minha cintura e eu coloco os meus braços em volta do seu pescoço. E no ritmo da música do Ed Sheeran nós começamos a dançar. Theo é lindo: loiro, dos olhos verdes, alto, cabelos compridos, pele bronzeada. Bem estilo surfista. Nós dançamos bem próximos, eu me perco naqueles olhos, quando percebo, uma das mãos dele já está na minha nuca, aproximando ainda mais os nossos corpos. —- Eu estou louco para sentir o gosto da sua boca. — sua voz saiu carregada de desejo. Sorrio e recebo um selinho breve. —Se você prometer não fugir após sentir o meu gosto eu deixo você provar - o provoco sem saber de onde tirei essa coragem. Ele ri e vejo a sua covinha que só agora reparo que ele tem. —-E porque eu fugiria ? —- Porque você vai ser o primeiro a sentir o gosto dela - confesso . Ele arregala os olhos, mas logo se aproxima, começa com selinho, mas aos poucos vai pedindo passagem com a sua língua e eu conscedo. Vou sentindo a sua língua se encontrando com a minha, vou me soltando e ele vai intensificando o beijo , eu mordo o lábio inferior dele e o faço gemer, atacando novamente a minha boca, agora me apertando a minha cintura e aproximando nossos corpos. Paramos de nos beijar para respirarmos e encostamos as nossas testas. —- Acho que vou ter que fugir - Ele diz em tom de brincadeira — Seu beijo vai ser a minha perdição, se eu não fugir ele irá me prender para sempre. - Damos risada . E ele me puxa novamente . Caraca como é bom beijar, ficamos juntos o resto da noite, não vi mais o Derek e dei graças a Deus. Minha mãe falou que o Theo era um gatinho, mas para eu tomar cuidado era muito nova e não tinha que me envolver, ela e seus medos de relacionamento, ainda mais eu sendo nova.Bia Leoni Como o Theo era da minha escola, nós acabamos ficando mais algumas vezes, foi muito bom, ele sempre foi respeitoso comigo, nunca avançou o sinal, às vezes os nossos beijos ficavam mais quentes mas logo nós nos controlavamos. Fiquei com o Theo durante 6 meses, acabei me soltando mais, ficando mais madura e vendo as coisas com outros olhos, eu tinha que correr atrás do que eu queria. Nós só terminamos porque ele mudou de cidade. Os próximos anos eu me envolvi com mais alguns garotos, mas nada passava de beijos e amassos, aquela Bia tímida já não existia mais, as aulas de dança também me faziam ter mais confiança, e as dicas da Cristiane que já havia ficado com vários meninos e até mesmo o meu primo me davam mais segurança com os meninos. Sinto que o Derek me olhava com mais intensidade de um tempo para cá, aliás desde que eu completei meus 16 anos, mas ele nunca deu brecha, Angelina falou para mim uma vez que ele não se envolvia comigo porque éramos do mesmo ciclo de amigos,
BiaComo pode em tão pouco tempo longe de casa, da minha mãe, já consigo me sentir mais leve, mesmo as aulas daqui da academia serem mais cansativas, ainda assim não tenho Dona Rosana falando no meu ouvido sobre: os meus movimentos, minha postura, minhas amizades, tudo. Ela me sufocava. Já faz dois meses que estamos aqui, nesse período minha amiga acabou descobrindo sua gravidez e pior, diz que não pode contar ao namorado pois não sabe se é dele, o que é estranho, porém não quer se abrir comigo. Minha amiga tem perdido seu brilho, a única coisa que a tem deixado feliz: é a dança. Ela chegou até a arma uma cena com o John para que o. CRIS seu namorado terminasse com ela de vez. Disse que como não tem certeza ser dele e que esse ato é para o bem do seu amado, para protege - ló, o que me deixou ainda mais confusa. Só que eu não só estava confusa com esta história como estava numa situação complicada , já que por conta disso tudo ela é a Cristiane se desentenderam, e eu acabei ficando n
DerekEm poucas horas recebi uma enxurrada de bomba, sim bomba pois eu já desconfiava do filho da puta, mas aí ter certeza, saber a proporção dos acontecimentos e que ele não mexeu só com a Angelina, mas sim com outras garotas, faz meu sangue ferver, o ódio toma conta.Mas como diz o falecido: A vingança é um prato que se come frio. Após Angelina se acalmar e ir para o quarto, fico na sala com a Bia que está muito pensativa e acredito que em choque por ouvir tudo que Angelina acabou de contar, e não é para menos eu ainda estou absorvendo tudo, esse verme não perde por esperar. Vou até a cozinha, pego um copo d'água e levo até o sofá onde está sentada. ela pega o copo no automático e toma a água num gole só, o que demonstra seu nervosismo. Seguro a sua mão e está gelada.- Bia, você está bem? - ela balança a cabeça em positivo, mas sei que não é verdade. De repente ela começa a falar sem parar.Escuto tudo como corpo tenso, a raiva tomando conta do meu ser, percebo que seu desabafo
Derek Mudanças são precisas em certos momentos da vida, e a minha chegou, não só de cidade, deixando a minha mãe triste e ao mesmo tempo feliz, pois sabe que esta mudança faz parte da minha nova vida, minha aceitação no mundo que eu nasci e fui preparado. Mesmo ela lutando contra as vezes, pois sabia que quando este dia chegasse eu teria que partir, para dar início a este mundo que seu marido pertence: a Máfia. Sendo assim seu primogênito um dia iria ter que tomar o seu lugar de direito, ainda está longe para eu ser o que eles e o meu destino querem para mim. Mas o instinto e o DNA que corre no meu sangue não me deixa ser tão bom como eu queria. Percebi isso quando dei uma surra no filho da puta do Frederico. Naquele momento me senti vivo: o cortei e vendo a sua dor, minha vontade era de fazê - lo sofrer mais, nem eu sabia que esse instinto assassino habitava dentro do meu ser. A morte dele será lenta e muito cruel , nessa hora sei que me sentirei realizado.Uma coisa que o faleci
Prólogo —- Vejo que você tem muito mais de mim do que eu penso. - Atendo ainda ofegante, já que estava no meu momento de prazer. Mas meu humor muda e meu maxilar trinca ao reconhecer aquela voz. Mesmo estando um bom tempo sem nos falarmos. Sabia de quem se tratava. O falecido tem tentado uma aproximação, mas tenho o ignorado, minha mãe diz que ele sofreu muito assim como a gente, que o que ele fez no passado foi preciso. Hoje sabendo da grandeza do seu poder, eu até entendo, mas ainda não aceito, acho que ele poderia ter feito diferente. —- A única coisa que tenho de você é o branco dos meus olhos, de resto é exclusivamente da minha pessoa mesmo - Digo num tom irônico e escuto seu riso sarcástico do outro lado da linha — Adoro o seu humor … bom desculpa atrapalhar seu sábado, mas preciso de um favor e só confio em você. - suas palavras saem naturalmente, como se fossemos ótimos amigos. —- Você deve ter esquecido de tomar seu remédio só pode , eu nunca vou fazer nada para você
Derek A minha história é um pouco complicada, tenho um pai que chamo de falecido,pois para mim aquele covarde que abandonou a mim e a minha mãe morreu.Falando nela ele pensem numa mulher maravilhosa que sempre fez de tudo por mim, mesmo sofrendo pela perda mais difícil que existe pra uma mãe : um filho, minha irmãzinha. Minha mãe se reergueu para começar uma nova vida, sem ódio, sem torturas, sem ameaças, sem riscos, pois era tudo isso que ela vivia ao lado do meu pai. Existia muito amor também, pelo menos dentro da nossa casa, ele a deixava conduzir as rédeas, a amava e a respeitava muito, acredito que tenha sofrido por nos abandonar. Minhas lembranças são muito boas e isso me revolta mais. Eu era só uma criança quando tudo aconteceu tinha acabado de perder a minha bebezinha, minha irmãzinha e ainda tinha sido abandonado pelo meu pai, meu heroi , meu ídolo que soltou a minha mão. Na nossa última conversa ele disse que eu já era um menino forte, grande, que estava pronto para ser r