Semanas se arrastaram na mansão, e a barriga de Sofia começou a se arredondar, um lembrete constante da vida que crescia dentro dela e da prisão dourada em que se encontrava. Ela esperou que Pedro viesse vê-la, para criar uma oportunidade de se aproximar, mas ele nunca vinha, mesmo forjando resfriados, tonturas e mau estar, apenas enviava o obstetra ou o Dr. Almeida. A rotina de confinamento havia se tornado a norma, e a esperança de liberdade, um sussurro distante.
Um dia, a governanta Marta a abordou com um comunicado de Pedro.
_ Sra. Ramos, o Sr. Pedro informou que haverá um grande evento no próximo fim de semana, e ele fará questão de ser acompanhado da senhora.
Sofia desceu as escadas, a barriga já visivelmente inchada pelos meses de gravidez. Na sala de estar, como um desfile particular, várias coleções de vestidos apropriados para a gravidez estavam dispostas. Um brilho de esperança acendeu em seus olhos. "Talvez eu consiga reavivar a paixão de Pedro", pensou ela, ardilosam