Mira estava na floresta sagrada novamente. Era de noite, e o vento soprava como sua primeira vez ali, levando as folhas pálidas pelos seus cabelos. Tudo havia se tornado mais escuro e triste. Parece que a saúde da floresta havia piorado.
Ela estava sonhando, com certeza. Talvez tivesse desmaiado após aquele surto de poder.
— Esse lugar já se tornou familiar para ti, certo minha criança?
A voz pertencia a uma mulher. Ela tinha a pele escura como carvão e olhos laranjas como a própria luz do sol, seu cabelo era preto e brilhante como ônix, caindo cacheado e longo sobre seu manto branco e amarelo.
— Deusa Lunits. — Mira exclamou.
A deusa andou pelo caminho pálido e se aproximando, acariciou o rosto da menina.
— Parece que você veio nos ver, nossa queria sacerdotisa. — disse a mulher em sua voz suave.
Mira já estava acostumada a se encontrar com Eluin, mas os outros deuses que estavam presos era outra história.
— Eu não entendo, senhorita. Como posso falar contigo?
Lunits sorriu.
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