— George, o que você quer dizer com isso? Está usando o fato de nos conhecermos e o que aconteceu ontem à noite para me chantagear, é isso? — Questionei, encarando-o.
— Claro que não. — Ele respondeu sem conseguir me olhar nos olhos.
Isso só podia ser culpa na consciência. Fechei os punhos, sentindo uma enorme vontade de lhe dar uma surra.
— Eu não conheço nada por aqui. Qual é o problema de você me ajudar um pouco? Eu também já te ajudei. — George voltou a falar, mas agora com uma voz mais suave, quase tímida.
A sensação que ele me passou foi que, se eu não o ajudasse, estaria sendo ingrata. Era como se eu estivesse em dívida com ele.
E, de fato, dívida era dívida, fosse de dinheiro ou de favores.
Suspirei profundamente.
— Tudo bem. O que você quer fazer hoje? Onde quer ir? O que precisa comprar? Me diga, que eu te levo.
— Quero ver umas casas. — A resposta dele me pegou de surpresa.
Olhei para ele, tentando entender.
— Ver casas? Mas você não vai voltar para Cidade B quando terminar