Enrico arqueou as sobrancelhas.
Larissa sempre foi uma mulher sensata.
Mesmo em momentos como almoços ou cafés juntos, ela mantinha uma atitude que não permitia interpretações confusas.
Essa era a primeira vez que ela segurava a mão dele, como se estivesse se agarrando a um colete salva-vidas ao se afogar.
Ao ver ela, Enrico percebeu uma sutil tonalidade avermelhada em seus olhos.
Ele não conseguia deixar de se comover e suspirou em silêncio.
- Srta. Larissa, o que aconteceu? Enfrentou algum problema? – Perguntou Enrico, em tom suave, abaixando a cabeça.
Larissa sentiu a brisa do mar, com a parte de trás da cabeça latejando.
- Professor Enrico, trouxe uma companheira consigo? – Perguntou ela, sem rodeios,
- Não. – Respondeu Enrico.
- E seu irmão trouxe uma? – Continuou Larissa.
- Trouxe. – Disse Enrico.
- É a namorada dele? – Perguntou Larissa.
- Não tenho muita certeza. – Respondeu Enrico, cuidadosa.
Certamente não era.
Se fosse uma namorada ou alguém com um status, a resposta del