Daniela não era a única coberta de poeira. O rostinho de seu filho também estava sujo e seus olhos vermelhos e marejados deixavam claro que ele havia chorado há pouco.
Marcelo, porém, não olhou para ela nem para o menino. Seu olhar frio estava fixo em Durval.
Durval abaixou a cabeça, claramente desconfortável. Ele sabia que tinha cometido um erro ao apoiar a ideia.
— Capitão Marcelo, eu sei que errei. — Disse Durval, em um tom de desculpas.
— Hoje à noite, você faz todo o trabalho sozinho. — Disse Marcelo, direto e sem paciência.
— Sim, senhor! — Respondeu Durval, sem hesitar.
Depois disso, o grupo retomou a caminhada. Mas, como Daniela havia machucado a perna, ela não conseguiria ir muito longe. Um dos soldados teve que carregá-la nas costas.
Luciana observou a cena e cochichou com Esther:
— Essa mulher... Nunca vi antes. Ainda está com uma criança. Deve ser uma dessas refugiadas que eles resgataram, né?
— Provavelmente. Tem muita gente fugindo por aqui. — Respondeu Esther, com natura