— Esse lugar é bem isolado. Se você descer aqui, vai ter que andar alguns quilômetros até chegar a um local movimentado. Não faça besteira, Esther. Impulso não é bem o seu forte. — Comentou Marcelo, com os olhos fixos na paisagem além da janela do carro, falando de forma calma, quase despretensiosa.
Esther olhou pela janela e percebeu que ele tinha razão. A estrada deserta se estendia até onde seus olhos podiam ver, e provavelmente levaria horas de caminhada até que encontrasse algum sinal de civilização. Já estava anoitecendo, e quem sabe o que poderia aparecer pelo caminho. Talvez até animais selvagens...
Decidiu que, por questões de segurança, seria melhor não insistir. Às vezes, ceder era a escolha mais inteligente.
Ela se acomodou no assento, em silêncio, engolindo a irritação momentânea.
O carro seguiu seu caminho até parar em frente à emissora de TV. Assim que estacionaram, Marcelo, ainda observando o prédio imponente à frente, perguntou com um tom quase casual:
— Parece que a