Marcelo empurrou Esther levemente enquanto pressionava o botão para atender a chamada. A voz ansiosa de Sofia ecoou pelo carro, cheia de pânico.
— Marcelo, estou com muito medo. Você pode vir? Parece que estou vendo a Nicole novamente, ah!
O grito de Sofia foi abruptamente interrompido, deixando o som frio do sinal de ocupado ecoando na mente de Esther. Marcelo guardou o celular com um semblante fechado e ordenou ao motorista, sem sequer olhar para Esther:
— Primeiro me leve ao hospital e, depois, leve a Esther para o Jardim dos Sonhos.
Sua voz era firme, inflexível, como se não houvesse margem para discussão. O motorista, hesitante, não teve escolha senão alterar a rota.
— Entendido, senhor.
Em menos de quarenta minutos, o carro estacionou na frente do hospital. Marcelo se virou brevemente para Esther, os olhos frios e distantes, sem traço de emoção.
— Eu volto mais tarde. Quando eu retornar, espero que você esteja no Jardim dos Sonhos.
Suas palavras soaram como uma sentença. Não er