Sr. Manuel estava de pé diante da enorme janela panorâmica, contemplando toda a vista de Cidade M.
Até mesmo a silhueta de Manuel exalava uma frieza que tornava impossível se aproximar dele. Não, aquilo já não era mais apenas frieza, mas crueldade.
Rosana, incapaz de conter sua frustração, perguntou:
— Por quê? Manuel, por que você está fazendo isso comigo? — No final, sua voz se quebrou, e as lágrimas começaram a cair enquanto ela chorava. — Se você não quer que eu veja meu pai, poderia simplesmente me dizer! Por que você faz isso? Meu pai já está velho, por que você precisa torturá-lo dessa forma?
Os lábios de Manuel se abriram lentamente, e ele respondeu com uma calma cortante:
— Eu já te disse que não gosto de ser ameaçado, não é? Rosana, ontem à noite você teve a ousadia de me ameaçar. Você realmente acha que vai escapar? Você pode ir embora, mas e o seu pai? Vai abandoná-lo?
O coração de Rosana parecia ser dilacerado lentamente, como se uma lâmina a cortasse pouco a p