Joaquim parecia querer olhar para Natacha mais uma vez, como se assim pudesse gravar para sempre sua imagem e, em outra vida, ainda pudesse encontrá-la novamente:
— Natacha, sinto muito. Sinto muito por ter te machucado por tanto tempo. — Joaquim curvou os lábios num sorriso amargo. — Se eu fosse você, provavelmente também não me perdoaria. Tudo o que aconteceu hoje é o castigo que mereço. A única coisa que me consola é poder me levantar agora e te proteger, assim como Gabriel fez.
— Não! Joaquim, não faça isso, eu não quero que você faça isso! — As lágrimas de Natacha escorriam sem parar enquanto sua voz rouca implorava. — Eu não te culpo mais, eu te perdoo! Não ouça o que Rafaela disse, por favor, solte a faca!
Mas Joaquim não soltou a faca. Apenas sorriu e disse:
— Você precisa acreditar, Natacha. Não importa quando, sempre que eu puder te proteger, farei isso sem hesitar. Não é só Gabriel que pode fazer isso, eu também posso.
Rafaela já não suportava mais ouvir a conversa deles, o