Natacha sentia cada vez mais que estava cavando sua própria cova ao voltar voluntariamente para Joaquim, se transformando naquela “ave na gaiola dourada” que tanto tinha medo de vir. A sensação de estar presa e impotente a atormentava constantemente.
...
Na entrada do hospital, uma voz animada a chamou, interrompendo seus pensamentos.
- Natacha, que coincidência! Você também acabou de chegar? - Laura se aproximava rapidamente, o rosto iluminado por um sorriso amigável, mas seus olhos escondiam uma curiosidade persistente. Ela olhou para o relógio em seu pulso e exclamou. - Faltam apenas cinco minutos para o nosso turno começar.
Natacha, sempre educada e tentando manter a compostura, respondeu com um aceno de cabeça:
- Bom dia, Sra. Laura.
As duas entraram no elevador. O espaço fechado fez com que Natacha sentisse a pressão do olhar inquisitivo de Laura.
Tentando parecer casual, mas com um brilho de curiosidade nos olhos, Laura perguntou:
- Vi você sozinha lá fora. Seu irmão não te tro