Rosana ficou levemente surpresa, deu um sorriso e perguntou:

— Onde você comprou essa boneca de pelúcia? É tão fofa.

Armando, enquanto ligava o carro, respondeu com orgulho:

— Eu estava esperando você lá embaixo e percebi que há um fliperama ao lado do seu prédio. Fui brincar um pouco na máquina de pegar bichinhos de pelúcia. Hoje eu estava com muita sorte e consegui pegar a maior boneca de todas!

Rosana não conseguiu segurar a risada.

Por um momento, ela se deu conta de algo. Talvez, por ter passado tanto tempo com um homem como Manuel, Rosana quase havia se esquecido do que era rir alegremente.

Nos últimos cinco anos ao lado de Manuel, Rosana vivia sempre tensa.

Ela até sentia certa inveja da simplicidade doce e descomplicada de um relacionamento como o de Armando.

Armando e Manuel eram de personalidades completamente diferentes.

Manuel raramente falava, e o ambiente entre eles era sempre pesado e opressivo.

Mas Armando era diferente; ele dirigia e, ao mesmo tempo, compartilhava com