Na calada da noite, um carro deixou o hospital e estacionou do lado de fora de uma fábrica abandonada nos subúrbios.
Francisco chutou a porta de uma oficina e, imediatamente, se ouviu xingamentos vindos de dentro.
- Maldita! Ela arruinou minha filha e ainda quer me arruinar? Vocês estão conluiados, governo e empresários, eu quero que ela pague caro! Quando eu sair, vou matá-la!
Francisco moveu os pulsos, um pouco rígidos, apanhou um bastão do chão e o avaliou em sua mão.
Sem esperar por uma reação, acertou a perna do homem com o bastão.
O som de ossos quebrando ecoou, junto com gritos, pelo galpão abandonado.
Francisco descartou o bastão, acendeu um cigarro e perguntou:
- Quem te mandou fazer isso?
O homem, pálido de dor, olhou para Francisco com olhos repletos de terror.
- Foi ela que arruinou minha filha! Claramente, foi ela que arruinou minha filha! Por que eu não poderia empurrá-la?
Sr. Otávio, ao lado, suava frio, preocupado com as consequências de ferir seriamente alguém.
- Sr. F