Depois de desligar a gravação, ela guardou o celular discretamente.
Em seguida, com um semblante tranquilo, pegou um táxi e voltou para casa.
Ao entrar, Julieta sentiu como se todas as suas forças tivessem sido drenadas.
Ela permaneceu parada na porta por um longo tempo, antes de pegar o celular novamente e ouvir a gravação de Nina mais uma vez.
Ao terminar, uma dor intensa e insuportável a acometeu no peito.
Ela não esperava aquilo. Não esperava que seu filho tivesse morrido dessa maneira.
E que tinha sido Mayara!
Julieta apertou o celular com força, sem ter noção de quanto tempo havia passado, até que, de repente, sorriu.
Embora estivesse sorrindo, a dor era evidente em seu riso.
No quarto escuro.
Ela continuava parada na porta, tentando conter a fúria que emanava de seu peito.
Até que o toque do celular finalmente rompeu o silêncio opressor.
Julieta respirou fundo para se acalmar antes de atender.
Do outro lado, a voz de Olívia soou:
- Juli, o Ano Novo está chegando. Temos três dias