Passaram-se duas linhas semanas em que Evelin tirou para colocar os pensamentos em ordem. Ela chegou a duas conclusões: precisa enfrentar seu esposo de uma vez, afinal ela é uma mulher, adulta. E segundo, ela não tem condições emocionais para confrontar seus avós. Ela tem ciência que ao pedir explicações ouvirá coisas horríveis da boca deles. Seu coração sangra só em imaginar. Então não, ela não pode enfrentá-los agora. Uma batalha de cada vez.
— Que cara é essa, querida? — beijou o dorso da mão direita dela antes de se acomodar a mesa — Não se deve ter pensamentos ruins logo no café da manhã, lhe dará indigestão.
Evelin observou o senhor idoso com atenção. Ela consegue ver a pessoa fenomenal que ele é. Desde que o conheceu sente um carinho imenso pelo idoso.
— Agradeço pela preocupação, vovô. — deu de ombros — Tento não pensar, mas não consigo. Me sinto miserável.
Deixou escapar algumas lágrimas, contudo tratou de limpar rápido. Não quer se mostrar tão fraca na frente dele.
— Não fale