Capítulo 218

Maya

Eu tinha vontade de bater nele, de xingá-lo aos berros, gritar de raiva e chorar de ciúme, ao mesmo tempo que me odiava por ter me comportado daquela maneira tão infantil e exaltada, mas minhas emoções falaram mais alto. De onde vinha aquele ciúme louco, afinal? Estava confusa, nunca havia sentido isso antes, nem por Victor ou por Mark. Na verdade, não sabia que era possível sentir aquilo. O pior era que eu não poderia jogar a culpa do meu ataque e o escândalo na TPM, desta vez.

Entrei no elevador e subi para a suíte. Ao entrar, arranquei as sandálias e as deixei jogadas ali mesmo na entrada. Minhas mãos foram depressa até o fecho da coleira na nuca e a tirei arremessando-a para longe sobre o sofá. A porta foi aberta e fechada em um estrondo alto atrás de mim. Virei-me assustada e vi Victor parar ali encarando-me em silêncio. Seus ombros estavam rígidos e inflados. Seu peito arfava alto com a respiração ofegante. Ele se aproximou a passos firmes e encurralou-me contra a parede co
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