Um encontro, será?

Athena sentia-se à vontade com Apollo, sem entender bem porquê, mas confiava na presença de Apollo. Ela entrou em seu carro e juntos foram jantar:

— O que está a fazendo aqui, Apollo? — perguntou Athena curiosa.

— Vim te levar para casa. É perigoso andar por aí tão tarde.

— O que tinha de acontecer, já aconteceu antes, por isso estou habituada... — confessou Athena.

— O quê? Conta-me, quero entender! — pediu Apollo

— Deixa para lá esse assunto. Não vale a pena recordar. Quem sabe um dia te conte. — respondeu ela com o semblante triste.

— Está bem então, não vou insistir. Para onde podemos ir comer? — perguntou ele, dando a ela benefício de escolha.

— Você que convidou, escolhe você! — respondeu ela.

— Certo, então vamos. — falou ele.

Apollo ligou o carro e conduzi-a ao restaurante do pai de Átila, um local com cinco estrelas, mas com uma decoração tão simples que duvidava que ela se sentisse deslocada.

As paredes pitadas com branco, cinza e tons pastel. Isso criava uma sensação de sofisticação e tranquilidade.

Mesas de madeira de carvalho, com linhas limpas e cadeiras confortáveis, com assento acolchoado.

Com luminárias pendentes de baixa intensidade ou velas. Isso cria uma atmosfera acolhedora.

Um toque de luxo com detalhes como cortinas de tecidos naturais, almofadas de veludo.

Com plantas em vasos elegantes, trazia um toque de vida e frescor ao ambiente.

Com obras de arte simples, fotografias em preto e branco.

Com louças e talheres de qualidade para complementar a experiência de refeição.

Ao chegarem, Apollo entregou o carro ao manobrista e entram. Na mesa preferida do Apollo, estava Átila. Apollo pegou na mão da Athena e caminharam até lá. Porém, foram interrompidos e tudo aconteceu em camera lenta, pois ela foi puxada pelo braço e recebeu um estalo no rosto vindo de uma das ex-aventuras do Apollo, Sandra. Sandra era habilidosa na cama, mas sonhava com casamento e compromisso, algo que nunca passara pela mente do Apollo.

Athena fitou Sandra, inicialmente com surpresa, mas que logo se transformou em ira, quando Sandra finalmente disse:

— Foi por ela, Apollo? Foi por causa dela que terminou comigo? E deixou de atender as minhas chamadas! — esbravejou Sandra.

— Apolo, não preciso nem mereço passar por isto! — reclamou Athena.

Athena virou-se e saiu irritada do restaurante. Apollo tentou alcançá-la, mas, por obra do destino ou por sorte dela, um táxi estava parado. Athena entrou sem dar oportunidade do Apollo falar. Ele voltou para dentro do restaurante e agarrou o braço da Sandra com força, quase perdendo a calma, mas Átila o conteve:

— Quem você pensa que é para agredir a minha convidada e achar que tem algum tipo de posse na minha vida? — gritou Apollo irritado.

— Você é meu, sempre foi e sempre será! — respondeu Sandra com convicção.

— Átila, leve-a daqui. Estou prestes a perder a cabeça. Tenho que pedir desculpas e enfrentar a minha pequena que ficou irada. Terei de esperar até amanhã para me desculpar. A minha noite acabou e não foi como imaginei. — reclamou Apollo, saindo.

Apollo saiu de lá furioso e em poucos minutos estava em casa. Viu o seu escritório com a luz acesa, e ao dirigir-se para lá, ouviu a voz que sempre foi o seu porto seguro:

— Olá, mamãe. — cumprimentou Apollo, abraçando sua mãe.

— Meu príncipe, que expressão é essa? — perguntou ela preocupada.

— Ah, mamãe, sou tão tolo. Queria me dar uns socos! — confessou Apollo com tristeza.

— E esse nariz? Átila nos disse sem muitos detalhes, mas quero ouvir de você onde encontro essa garota que te magoou. — perguntou Alice.

— Não foi culpa dela, mamãe. — respondeu Apollo, se sentando no sofá que havia no escritório.

— Por muito menos, teria processado alguém. Por que ela é diferente? — perguntou Alex.

— Oi, papai! — falou ele.

— Olá, guerreiro. Agora responde o que te perguntamos. — perguntou Alex.

— Nem eu sei, pai. Perto dela, eu fico confuso. Não consigo pensar direito. — confessou Apollo.

— Querido, parece que finalmente alguém se apaixonou depois da Davina.— falou Alice.

— Parece que sim, querida. Agora, conta-nos onde a encontrou. — perguntou Alex.

— Pai, foi por acaso. Foi numa lanchonete. Ela trabalha lá. — respondeu Apollo.

— Uma garçonete, filho?! — perguntou Alice.

— Ela é a caixa, mamãe. E mesmo que fosse garçonete, vocês não são preconceituosos, ou são? Eu não sabia disso. — perguntou Apollo em choque.

Apollo viu sua mãe e seu pai se entreolharem e começarem a rir, e ele ficou sem entender nada:

— Ah, querida, a história parece se repetir anos depois. — falou Alex sorrindo.

— Isso mesmo, mas o quê? Não percebi. — perguntou Apollo confessou.

— Vamos para o seu quarto, meu príncipe. Temos uma história para te contar! — falou Alice, abraçando Apollo.

Apollo sentiu-se como um menino, seus pais o colocando para dormir. Ele deitou-se na cama, com cada um ao seu lado, e seu pai começou a falar:

— Quando conheci a Alice, eu era capataz numa fazenda de cana-de-açúcar. Quase não vinha à cidade, apenas para receber o pagamento, que eu depositava no banco. Tinha quase seis anos de salários guardados, uma pequena fortuna. Minha vida mudou quando conheci o Roger. — começou Alex a falar.

— O vovô? — perguntou Apollo interessado na história.

— Sim, filho. Papai sempre quis um negócio produtivo e rentável. — explicou Alice.

— Foi assim que surgiu a cachaça Walker? — perguntou Apollo.

— Meu pai conhecia Alex desde pequeno e sempre gostou dele. Quando ele entrou na lanchonete, foi a primeira pessoa que vi. Seu pai. Eu tinha acabado de regressar à cidade, estava estudando fora e ajudava meu pai a servir mesas. Foi amor à primeira vista.

Ele sempre desejava garantir meu futuro, e logo enxergou potencial na ideia do sogro para obter lucro. Seu avô investiu nessa proposta e, eu ao mesmo tempo, conquistei a sua mãe. Com o início dos lucros, a lanchonete do seu avô foi vendida e a destilaria se tornou o foco central. Pedi à sua mãe em casamento, Nesse mesmo tempo eu conheci o Heitor, o pai de Átila. — explicava Alex.

— Apesar de Heitor querer algo comigo, eventualmente ele se conformou ao perceber que eu nunca pertenceria a ele. Tempos depois, contei a ele que esperava você meu filho, tornando claro que a batalha por mim era em vão. Meses após o seu nascimento, seu avô partiu após um infarto. A destilaria passou então para as mãos do seu pai, que seria cuidada por ele até ele se aposentar, deixando tudo para você, meu filho, que agora se tornou o império Walker. A fortuna cresceu, mas a lembrança dos nossos tempos mais humildes ainda permanecia, em nossos corações.

A partir desse momento, a determinação do Apollo em conquistar Athena e pedir perdão , a garota daquele dia, que ele fez aquela merda, imperdoável só aumentou, consciente de que uma vida não seria suficiente para garantir seu perdão. O remorso por suas ações passadas o assombrava.

No dia seguinte, ele contratou um detetive para investigar em segredo e, no entardecer, decidiu visitar Athena na Empire. O encontro com seus pais ocorreu na saída, e a mãe demonstrou interesse em conhecer Athena.

Ao chegar, percebeu a ausência dela, mas encontrou Camy no caixa:

— Boa tarde Camy. — cumprimentou Apollo.

—O que você quer aqui Apollo! — perguntou Camy ríspida

— Por que essa irritação comigo morena? — perguntou Apollo.

— Porque você é um babaca, que deixa suas vadias bater no rosto de outras pessoas! — esbravejou Camy.

— Então ela te contou! — confessou Apollo.

— Não precisou não é Apollo o rosto dela disse por ela mesmo! — reclamou ela.

— A Sandra não é mais nada minha, preciso me desculpar com ela. — explicou Apollo.

— Precisa mesmo, mas ela não virá trabalhar hoje, acordou com febre e calafrios, queria ter ficado com ela, mais duas faltar seu José ia ficar na mão. — confessou ela.

— Me dá seu endereço, deixa eu cuidar dela! — pediu Apollo.

— Filho o que houve? — perguntou Alice.

— Camy esses são Alex e Alice, meus pais. — falou Apollo.

— Olá senhora, Olá senhor, não sei se devo te dar o endereço dela Apollo! — falou Camy.

— Por favor morena, me deixa cuidar dela. — pediu ele.

Depois de Apollo muito implorar a Camy, ela deu o endereço a ele, Apollo se despediu dos seus pais que foram para casa, mas que ele prometeu a eles que qualquer coisa ligaria, quando Apollo chegou ao prédio que Athena mora, um lugar bem humilde, apertou a campainha, e nada, apertou de novo, Apollo estava a ponto de meter o pé na porta, quando ouviu ela gritar ( — já vai. —

Segundos intermináveis depois, Athena abriu achando que era a Camy, Athena olhou para Apollo parado na porta, piscou algumas vezes ele falou:

— Oi pequena! — falou Apollo com alegria.

— Apolo! — falou Athena em choque.

Em seguida Athena desmaiou nos braços do Apollo.

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