— Estou sentindo que estou sendo observada. — Suzana sentou-se a meu lado, com uma postura curvada.
— Observada? Como assim? — Eu larguei meu chá, a ponto de focar em sua apreensão.
— Não sei dizer, Bia. Desde ontem depois que saímos da sala de registros na prefeitura. — Ela murmurou, sua voz diminuindo integralmente. — Mas, agora são somente duas coisas que me importa. — Suzi sorriu, suas expressões mudaram repentinamente.
— Hã… Duas coisas que são? — Eu a rebato, com a necessidade de saber em minha voz.
— Eu quero te contar tudo o que descobri ontem. E saber o que aconteceu com vocês também. — Suas inquietações me põem nervosa. Como vou contar sobre ontem?
— Pelo visto eu que terei que contar primeiro, não é mesmo?
— Ainda bem que você sabe. Mas, antes me deixe fazer uma boquinha.
Quê?
— Ah, não! Você não consegue ouvir e comer ao mesmo tempo? — Eu perguntei incrédula. Não queria esper