Malu
— Posso saber o que a majestade está fazendo aqui? — ligo a luz e cruzo meus braços abaixo dos seios, sem querer acreditar que realmente estou vendo ele em minha frente.
O trote que levei na faculdade me deixou tão atordoada, que eu nem me dei conta que a luz da sala estava apagada, mas a televisão ligada.
— Onde você tava, Malu? O Perigo bateu o fio, disse que tu saiu do morro e não sabia onde cê tinha ido. — ele olha para mim.
— O que eu faço ou deixo de fazer, não é da sua conta. Quantas vezes vou precisar te falar isso? Já me viu, estou inteira — abro os braços e dou uma voltinha devagar — Pode ir embora. — aponto para a porta, sem deixar de encará-lo.
Vejo-o levantar do sofá e caminhar em minha direção, com um semblante muito sério.
— Para de se fazer. Só vou perguntar mais uma vez, onde tu tava? — ele está tão perto, que consigo sentir seu hálito quente em minha pele e devo admitir que o cheiro do seu perfume, misturado a nicotina, me deixam inebriada.
— Na faculdade, Parda