Quando desci para tomar café, encontrei toda a família reunida. Estavam na sala, conversando tranquilamente — como de costume. Ainda assim, sempre me surpreendo com o amor que eles emanam; é quase palpável, como uma brisa morna em um dia frio.

Alek está no colo do pai e é o primeiro a me notar. Seus olhos se iluminam antes de correr na minha direção. Me abaixo ao alcançar o último degrau e o recebo nos braços, apertando-o com carinho.

— Bom dia, Soph! Você está bem? — ele pergunta, sem me soltar.

Dou uma risadinha suave, o pego no colo e caminho com ele até o sofá.

— Bom dia, querido. Estou sim… Isso aqui são só alguns arranhões — explico, ao notar seu olhar fixo no curativo que cobre meu ombro. Está visível, já que o vestido que uso é sem mangas.

— Graças a Deus, minha querida. Ficamos todos muito preocupados — diz Irina, levantando-se com elegância. Ela vem até mim e se senta ao meu lado, envolvendo-me num abraço cuidadoso, respeitando o fato de que Alek ainda está em meu colo.