Christopher
A noite estava fria, e o vento cortava meu rosto enquanto eu dirigia pelas ruas escuras. A raiva crescia a cada quilômetro percorrido. Como ele pôde fazer isso? Trair a própria família, trair sua própria carne. Minha mãe... o homem que eu chamava de pai, responsável pela sua morte. E, de alguma forma, envolvido na emboscada que quase me matou.
Cheguei à casa de meu pai, o lugar onde cresci, que agora parecia tão vazio, tão frio. Estacionei o carro e fiquei sentado por alguns segundos, tentando controlar a raiva que crescia dentro de mim, a respiração pesada, o coração batendo forte no peito.
Eu precisava enfrentá-lo. Ele devia me explicações.
Saí do carro, o vento frio batendo contra o meu rosto, e caminhei até a porta da frente da casa. As lembranças daquele lugar vinham em ondas, mas o que me aguardava era muito mais sombrio do que qualquer memória que eu pudesse carregar.
A porta estava escancarada. Um sinal claro de que algo estava errado. Eu entrei sem pensa