A frase pairou suavemente aos ouvidos de Patrícia, e seu rosto imediatamente se tingiu de vermelho, como um céu pegando fogo na noite.
No início, ela apenas pensou que, se ele a abraçasse, adormeceria tranquilamente, então não o impediu. Quem diria que, depois, ele começaria a avançar sem qualquer reserva?
Se isso não tivesse sido impedido antes, seria o mesmo que consentir. Agora, fingir que está dormindo não funciona, e repreender Teófilo também não é uma opção, parece que ela está encurralada num precipício, sem ter para onde fugir.
A mão dele continuava a se aventurar descontroladamente:
— Paty, depois de tanto tempo, você nunca pensou sobre isso?
O rosto de Patrícia estava ruborizado, e até sua respiração se tornou ofegante:
— Estou gastando todas as minhas forças apenas para sobreviver, você acha que tenho tempo para pensar nessas coisas?
Teófilo beijava a lobeira de sua orelha e murmurava roucamente:
— Eu penso muito, penso em você ao ponto de quase enlouquecer.
Embora os dois