Ele colocou Patrícia na cama e se virou para o sofá.
O sofá, sendo de dois lugares e considerando que ele tinha quase um metro e noventa de altura, deixava suas longas pernas se estenderem para fora.
Patrícia respirou fundo, à beira de explodir de irritação:
— Teófilo, você está fazendo isso de propósito para me irritar?
— Paty, eu consigo dormir no sofá, veja como eu fico bem assim deitado.
— Você vem para a cama agora!
Sob um comando furioso, Teófilo obedientemente voltou.
A maneira como interagiam era inédita, mas estranhamente harmoniosa.
Patrícia, envolta em um grosso cobertor, jazia imóvel, enquanto Teófilo, também sem dormir, apenas a observava fixamente, como um fantasma.
Ela acordava frequentemente à noite para encontrá-lo olhando para ela assim, quase morrendo de susto.
— Seu idiota, você não pode simplesmente dormir?
— Minhas costas doem, não consigo dormir. Você dorme, eu fico de guarda.
Quem está de guarda para quem, afinal?
Patrícia se sentia completamente impotente.
Ela