Patrícia balançou a cabeça e disse:
— É melhor evitar problemas, prefiro ficar no navio.
Raul hesitou por um instante antes de perguntar:
— Srta. Patrícia, posso me atrever a perguntar por que você está arriscando voltar ao país ilegalmente? Sua saúde já é frágil e, pelo que sei, você não tem parentes no país. Por que está voltando?
— É... Há algo que preciso resolver.
Patrícia mantinha seus segredos bem guardados, sem revelar qualquer indício.
Raul, percebendo que deveria parar, disse:
— Então, descanse cedo.
O cargueiro atracou, e as atividades de reabastecimento e manutenção do navio ocupavam boa parte do dia. Patrícia não saiu do seu quarto em nenhum momento.
Ela passou delicadamente um lápis vermelho sobre o calendário, observando os dias se aproximarem da Cidade A.
Em breve, ela reencontraria seus dois filhos.
Pouco depois, um tripulante foi relatar:
— Srta. Patrícia, desculpe, nosso navio teve um pequeno problema e os técnicos estão trabalhando no conserto. Receio que não possam