No seu subconsciente, Patrícia sentia que não deveria entrar.
Seus dedos, posicionados na maçaneta, ficaram rígidos, e a mão gentil de Teófilo cobriu o dorso de sua mão, sussurrando em seu ouvido:
- Não tenha medo, eu estou aqui com você.
A porta se abriu.
Não havia monstros selados ou cenas sangrentas lá dentro, apenas um quarto delicadamente rosa, agora vazio, com apenas o tapete restante e o espaço vazio onde antes havia móveis.
Na parede, ainda pendiam alguns enfeites de brinquedos de bebê que não foram removidos a tempo.
Era evidente que aquilo era um quarto de bebê.
Ao entrar, Patrícia sentiu um peso no coração e seus olhos arderam.
Ela caminhou pelo quarto vazio e parou onde antes ficava o berço.
Ela se agachou lentamente, como se fosse um reflexo corporal, apesar de não se lembrar de nada.
- O que havia aqui antes?
Teófilo, surpreso com o comportamento de Patrícia, se sentou ao seu lado e disse:
- Um berço.
Patrícia olhou ao redor do quarto vazio, uma ideia surgindo em