Teófilo sorriu de forma um tanto hipócrita:
— Durante o tempo em que Maitê cuidou de mim, convivemos dia e noite, e acabei conhecendo um pouco dos seus hábitos.
Essa resposta não causaria problemas em circunstâncias normais, mas por algum motivo, a expressão "convivemos dia e noite" se fixou na mente de Salvador.
Após dizer isso, Teófilo desviou o olhar, como se tentasse retrair suas palavras.
Patrícia, para evitar mal-entendidos, decidiu não prolongar a conversa com ele e se esforçou para não atrair a atenção dos demais.
Afinal, estavam em um banquete, não em um restaurante à beira da estrada, o ambiente era de grande tranquilidade, com apenas o som do violoncelo ecoando ao fundo.
Patrícia observava os pratos, verdadeiras obras de arte, como um simples prato de couve chinesa cozida, meticulosamente arranjado para se assemelhar a uma flor.
Após o jantar, Jorge se retirou, mencionando que aquela era uma oportunidade para os jovens socializarem.
Ficou claro que a noite se destinava a que