Jorge franziu a testa:
— Você acha que casamento é como comer? Se não gostar do prato, simplesmente engole, e se estiver estragado, no máximo você sofre um pouco de dor de estômago e passa. Teófilo não gosta da nossa filha, mesmo que a forcemos nele, num casamento sem amor, nossa filha só sofreria. É por isso que nunca o forcei todos esses anos. Eu pensei que com o tempo ele pudesse superar sua obsessão, mas agora vejo que ele ainda é muito apaixonado.
Natacha, um tanto irritada, se sentou na cama:
— Isso não pode, aquilo também não, nossa filha sempre foi o tesouro da família, sempre viveu em abundância, e agora ela só quer se casar com um homem que ama. O que você sugere que façamos?
— Há tantos homens bons por aí, precisa ser um que já foi casado? — Jorge pensou mais a longo prazo.
— Não importa quantos casamentos ele teve, se nossa filha gosta dele, se você não vai fazer nada, então eu vou agir à minha maneira.
Natacha se decidiu, e Jorge olhou para ela com desgosto:
— O que exatam