Jorge interrompeu friamente:
— Ivone, já te disse para respeitar mais os médicos.
Ivone, que havia acabado de ser rejeitada por Teófilo e estava frustrada por não ter onde desabafar, se encontrou sozinha na sala com Patrícia, uma estranha.
Descontou toda a sua raiva em Patrícia. Seu pai, que sempre fora muito gentil e indulgente, deixava ela bastante insatisfeita com sua atitude para com ela.
— Pai, por que está agindo assim também? Não disse nada de errado. Estamos aqui para discutir assuntos sérios em família, por que ela está ouvindo? Ela nem deveria estar aqui, é uma falta de educação.
— Ivone! — Jorge falou, sua voz ainda mais fria. — Parece que não cuidei de você durante todos esses anos, te mimei demais. Isso reflete a educação que você recebeu?
Ivone, com muita raiva, se voltou para Patrícia:
— A culpa é toda sua!
Patrícia, deixando de lado os pistaches que comia, limpou as mãos das cascas.
— Tudo bem, ponha a culpa em mim. De agora em diante, vou evitar apare