Aquela noite foi de insônia para Teófilo.
Ele refletia sobre o tempo que levou para poder abraçar Patrícia e quanto lutou para tê-la de volta, e por isso, não queria deixá-la ir.
Embora não conseguisse ver claramente o rosto de Patrícia, ele resistia a fechar os olhos, abraçando ela cuidadosamente, com olhos cheios de um amor profundo.
Patrícia dormiu tranquilamente até o amanhecer.
Quando abriu os olhos e encontrou o olhar perdido de Teófilo, se assustou:
— Você não dormiu a noite toda?
Com a voz rouca, Teófilo respondeu:
— Fico pensando naquelas cobras, e você me envolveu tão fortemente que simplesmente não consegui dormir.
Patrícia baixou os olhos e viu que estava agarrada a ele com braços e pernas, como um polvo.
Imediatamente corou e o empurrou para longe, apressadamente:
— Não foi intencional.
— Mesmo que fosse, não tem problema. — Teófilo sorriu para ela. — Não me importo.
Patrícia agitou a mão na frente dos olhos dele e, ao perceber que ele não reagia, finalmente relaxou.