Já era segunda, apesar de cansada lua estava animada para ir a escola, ela queria saber como as meninas estavam se sentindo depois desse final de semana. Estava estacionado o carro na porta da escola e já via as meninas da sala dela conversando e assim que viram a lua já vieram sorrindo em nossa direção. Descemos do carro e elas já se abraçaram. — Já vou entrando mãe! Ela me dá um abraço na cintura e entra correndo com as amigas e eu fico ali paralisada. “Mae? Foi isso mesmo que eu ouvi? Ela me chamou de mãe?” Eu estou estagnada, imóvel, paralisada, não sei o que pensar e como agir. — Podemos conversar? Sou tirada do meu transe com a voz ríspida de uma mulher. Viro-me em sua direção e vejo sua cara fechada. — Pois não! Digo piscando várias vezes os olhos tentando me concentrar no que ela vai dizer. — Eu sou a mãe da Glenda, a menina que fez aniversário no fim de semana e estou aqui para te contar como foi o final de semana dela! Eu endireito minha postura, respiro fundo e
Bato na porta do quarto dela. — Posso entrar? Digo abrindo a porta do quarto da lua devagar. — Claro mãe, vem aqui. Ainda era estranho pra mim ser chamada assim por ela. — Temos que conversar sobre isso. Digo me sentando ao seu lado. — Sobre eu te chamar de mãe? A senhora não gosta? Ela abaixa a cabeça triste. — Claro que gosto. Digo de pressa. — Mas você sabe que tem uma mãe de verdade neh? E o meu medo é você esquecer dela. — Eu sei que tenho a mãe Antonella, mas ela não vai voltar nunca mais e não queria ficar sem mãe. Uma lágrima escorre de seus olhos. Abraço lua e deixo uma lágrima escorrer também, não queria que minha pequena tivesse qualquer sentimento de tristeza dentro dela. — Sabe lua, eu não ligo que me chame de mãe, até por que pra mim você é minha filha de coração e alma, mas também não queria que você esquecesse a Antonella, ela te amou até o último dia da vida dela, mesmo muito doente ela se preocupou exclusivamente com você... Você sabe que nosso começo
— Um passarinho me contou que o aniversário foi um sucesso, que teve até convidadas especiais. Sheik diz sorrindo deitado em nossa cama, eu tinha acabado de chegar da festa. — Digamos que tanto eu quanto a mãe da Glenda entendemos que nós duas erramos e resolvemos fazer a coisa certa. — Estou muito orgulhoso de você. Ele diz ficando sobre mim. — A é? Muito orgulhoso? Pergunto sorrindo enquanto ele beija várias partes de do meu rosto. — Muito! Merece até um “grande” presente. — Hummmm, adoro “grandes” presentes. Faço minha melhor cara de safada. — Ahhh eu sei disso... E como sei! Ele se esfrega em mim e já consigo sentir uma grande ereção. Em um movimento rápido mudo nossa posição, agora eu estou em cima dele e começo a rebolar em seu pau ainda vestida. — Ansiosa para pegar esse presente, tô tão ansiosa que estou prestes a beija-lo assim que eu estiver ele em minhas mãos. Falar isso foi o suficiente para deixar sheik louco, ele troca nossa posição novamente e em questão
Sheik...Essa semana estava foda, vários b.os para resolver, eu tentava não passar preocupação pra Ju, ela acabou de sair da prisão e o que ela precisa no momento é paz. Depois de passar o papo para Anne sobre minha comunidade ser dela também me despeço delas e sigo para a boca, estávamos em alerta vermelho, rolava um boato que os canas queriam invadir de novo. — Aí patrão, tá dando maior b.o lá no pé do morro! Alisson entra em minha sala bufando. — Qual o b.o da vez? Encosto meu corpo na cadeira me preparando para mais uma dor de cabeça. — Os motoboys da pista estão deixando morador aqui no pé do morro, os moleques do moto táxi daqui não gostaram e tacaram ovo podre e tomate nos da pista, resumindo, deu maior b.o, os moleques da pista estão puto e tem um vídeo já rolando na internet. Eu não estava entendendo nada. — Deixa eu vê esse vídeo? Alisson me mostra o vídeo e porra, eu tenho certeza que isso vai dá b.o. — Por que os moto táxis daqui do morro se emputeceram? Algum da
Alguns dias depois... — A mansão da rua 7 já está pronta. Nick diz rindo sentado a minha frente. — As "primas" chegam amanhã! Estevão roça uma mão na outra sorrindo. — Vocês estão todos assanhadinhos! Digo rindo. — Nick tem que ficar na dele por que se não minha prima capa ele! Essa semana começaria funcionar uma casa de “massagem” aqui no morro, era uma forma de lavar dinheiro que meu contador deu a ideia, não seria algo para eu administrar, mas seria algo que me favoreceria. — Quero você responsável em ficar de olho nos lucros da casa e vê se não se emociona com alguma puta! Zoo Estevão e geral rir. — Me emocionar com puta é impossível, mas talvez eu faça vários testes drivers. O safado diz gargalhando. ....Chego em casa e já vou direto pro quarto, eu precisava bater um lero com Ju, ela andava estranha essa semana e eu já cansei de esperar o tempo dela para se abrir. — Ju?? Chamo subindo as escadas mais Simone chama minha atenção. — Não grita Allan, vai acordar o Jr
Whatsapp... — Como você está? — Hoje não muito bem. Respondo. — O que aconteceu desta vez? — A mesma coisa de sempre! “Jhu, abre essa porta! Meu pai grita do outro lado. — Não enche, pai! Grito. " Abre agora ou então vou arrombar! Reviro os olhos com tédio, mas me levanto e abro a porta." — Pronto, satisfeito? Digo e já dou logo as costas a ele, voltando para o meu celular. — Muito! Mantenha essa porta destrancada, ouviu! Respiro fundo e resolvo ignorar, fazendo ele resmungar algo que não prestei atenção e sair do meu quarto. — Ainda seu pai? — Como sempre! Ele pega no meu pé o tempo todo e eu já estou saturada. Volto a digitar bufando. — Falta pouco para você fazer 18 anos e se livrar dessa opressão! — Não vejo a hora, estou contando os dias. — Queria te encontrar... — No momento certo nos encontraremos, mas fala sobre você, como você está? Mudo de assunto e ele demora a digitar. Meu nome é... Bom, podem me chamar de Jhu, é assim que todos me chamam, tenho 17
Foram quatro horas tentando convencê-lo a me deixar na estrada, falei sobre o meu pai, sobre meu irmão, sobre meus padrinhos, mas ele não esboçava medo algum, era como se ele já soubesse quem eu era e já tivesse planejado tudo. Passamos por uma placa dizendo “Bem vindo a Penedo”, eu conhecia o local, já vim a passeio com meus pais em uma época em que eles eram felizes. Era uma cidade turística, conhecida como a Finlândia brasileira, eu só não entendia o por que ele estava me trazendo pra cá, já que aqui não era onde ele morava, pelo menos não foi o que ele me disse. — Meu Deus... Você mentiu pra mim?! Digo assustada. — Sobre o que? Sobre onde eu moro? Ele tem uma voz divertida e eu juro que a cada hora tenho mais pavor dele. — Marcell é pelo menos seu nome verdadeiro? Questiono. — Talvez sim, talvez não! Ele responde irônico. Paramos em frente a um conjunto de casas, casas simples. Era um corredor e passávamos por várias casas amarelas, uma grudada na outra e no final desse
Pegamos as sacolas e seguimos para a casa, a todo tempo ele olha pelo retrovisor. — Você ligou pra quem? Ele grita e eu acabo levando um susto. — Pra ninguém. Respondo gritando também e me arrependo na hora, por que sinto sua mão em cheio acertar minha boca que sangra na hora. — Fala direito comigo sua putinha mimada... Pra quem você ligou, porra! Ele grita mais uma vez. — Pro meu irmão, mas disquei o número errado no nervosismo. Digo chorando e tentando parar o sangramento. Assim que entramos em casa, Marcell já vai me jogando em cima do colchão. — Eu avisei, você não me ouviu... Marcell arranca o cinto que está prendendo suas calças e meus olhos se arregalam, sem demora já sinto a primeira cintada em minhas pernas. — Não grita! Ele diz enquanto me acerta outra e mais outra e mais outra... Estou encolhida no colchão, meu corpo está todo marcado, pernas, braços, minha boca está inchada e meu rosto tem marcas de sua mão. Marcell saiu de casa logo após me bater e não sei