Erick aproveitou o momento para comentar:— Esse é o jeito dela mostrar que gosta de alguém. Fica olhando fixamente, sem desviar o olhar.O sorriso de Alana se ampliou, e ela ainda acrescentou mais algumas sobremesas que sabia que crianças adoravam. Erick observava a interação das duas. A cena era tão calorosa que ele sentiu o peito se encher de uma sensação boa, quase transbordando.À tarde, os três foram ao maior shopping center da cidade. Eles sabiam exatamente o que queriam e seguiram diretamente para o terceiro andar, na área das lojas de roupas.Ao chegar, Alana ficou um pouco perdida ao ver tantas opções de roupas coloridas e bonitas.Erick, carregando a pequena Helena no colo, andava ao lado de Alana.— Alana, vamos direto à loja de roupas infantis? — Erick perguntou.— Sim, passando por essa área de roupas femininas, chegamos na seção infantil. — Alana respondeu.Ao ouvir a palavra "femininas", Erick teve uma ideia e sugeriu, com um brilho nos olhos:— Já que temos a tarde liv
Elisa desviou o olhar, fingindo não entender o que Alana queria dizer:— Do que você está falando? Não faço ideia do que você quer dizer.Alana soltou uma risada fria, sem responder. Ela apenas ficou ali, em silêncio, observando Elisa atuar. A performance daquela mulher era tão patética, tão mal ensaiada, que qualquer pessoa com o mínimo de discernimento perceberia a falsidade. Mas, como em um teatro de mau gosto, ainda havia quem caísse na encenação.Rebeca, a fiel escudeira de Elisa, colocou-se na frente dela com uma postura desafiadora e, olhando diretamente para Alana, disparou:— Não venha intimidar a Lisa! O que ela disse ou não disse é problema dela. Não tem nada a ver com você. Afinal, você não é nada além da sombra dela.Aquelas palavras cortaram fundo no coração de Alana. Seus dedos se fecharam em punho automaticamente, enquanto sua respiração ficava pesada. Até mesmo Erick percebeu a tensão no ar e virou-se para observar Alana.O rosto de Alana ficou sombrio. Ela não disse n
Rebeca apontou para Alana, com o rosto cheio de incredulidade: — Você... Alana arqueou uma sobrancelha, e Rebeca imediatamente recuou a mão, assustada. Elisa, vendo a atitude covarde de Rebeca, não conseguiu evitar um insulto mental: “Que inútil.”Alana, satisfeita, assentiu com um leve sorriso: — Para os desobedientes, é assim que se deve ensinar. E, além disso, já que sua boca não sabe se comportar, estou apenas ajudando os outros a disciplinar você. Ela lançou um olhar afiado para Elisa e, em um tom cheio de implicação, acrescentou: — Na próxima vez, tente ser uma pessoa melhor. Não precisa ser um cão de guarda. Era tão óbvio que Rebeca estava sendo usada como uma marionete que Alana quase sentiu pena dela. Como alguém podia ser tão cega a esse ponto? Para Alana, lidar com pessoas assim era pura perda de tempo. Não tinham talento, não tinham força, mas ainda assim insistiam em aparecer para provocá-la. Elisa entendeu a alfinetada de Alana. Em resposta, com um olh
Rebeca era uma excelente "cachorrinha" fiel, e Elisa, querendo manter as aparências, não teve escolha a não ser arcar com as despesas médicas dela. Embora não fosse nada grave, o valor da consulta era irrelevante para Elisa. O problema mesmo era o tempo perdido e, principalmente, o vexame que teve de suportar.Enquanto isso, Rebeca não parava de reclamar, dizendo que a mão dela ainda doía muito. Elisa, sem paciência, precisou forçar um sorriso e continuar tentando acalmá-la, embora, por dentro, estivesse cheia de desprezo:“Que inútil. Nem para fazer a outra quebrar o dedo de vez. Agora estou aqui, sem uma prova sequer.”Sem evidências concretas, Elisa nem ao menos podia usar o incidente para confrontar Juan ou colocar Alana em uma posição difícil.Rebeca, por sua vez, estava tão focada em sua própria dor que sequer percebeu a irritação de Elisa. Toda vez que ela pensava em Alana, sentia um calafrio percorrer seu corpo. Nunca imaginou que uma mulher tão bonita pudesse ser tão implacáve
Além disso, com Helena envolvida, Alana tinha uma impressão ainda melhor de Erick.— O horário já está ficando tarde. Que tal encerrarmos por aqui hoje?Alana olhou para Erick enquanto falava. Eles haviam passado a tarde inteira no shopping, mas ainda havia outros compromissos pela frente. Ela não podia dedicar todo o tempo apenas a Erick.Erick assentiu com a cabeça.— Realmente, já te tomei bastante tempo hoje. Vamos marcar para sair de novo outro dia.— Que nada, Erick. O importante é que a Lena se divirta. — Alana respondeu com um sorriso, olhando para Helena. Era evidente que ela tinha um carinho especial pela pequena, sentindo até um tipo de compaixão maternal por ela.Erick então se virou para Helena, falando baixinho:— Lena, se despeça da Alana.Helena, no entanto, apenas ficou olhando fixamente para Alana, sem dizer uma palavra. Seus grandes olhos brilhavam como os de uma boneca delicada e preciosa.Erick insistiu, tentando convencê-la:— Vamos, Lena, diga tchau para a Alana.
Elisa não conseguia aceitar. Afinal, ela e Juan se conheciam há muito mais tempo. Alana era apenas uma recém-chegada. Se o critério fosse o tempo, quem realmente tinha prioridade aqui?Com esse pensamento, Elisa sentiu a raiva subir. Mas, ao levantar o olhar, deu de cara com os olhos de Alana, que a encaravam com um sorriso tão calmo quanto provocador. O fogo de Elisa apagou-se no mesmo instante.Ela se lembrou do confronto no shopping. A cena de Alana enfrentando Rebeca com tanta firmeza, apontando o dedo com uma determinação impressionante, voltou à sua mente. Mesmo agora, só de pensar nisso, ela sentia um calafrio percorrer o corpo. Era óbvio: ela não era páreo para Alana.— Certo... Vamos comer, então. — Elisa disse, tentando disfarçar seu desconforto, mas com um tom claramente contrariado.Estava na casa dos outros, e ela sabia que não podia falar demais na presença de Juan. Se desse qualquer pista de que algo estava errado, ele perceberia rapidamente. Isso não seria bom para nenh
— Cunhada, o Juan preparou café da manhã para você. Não quer vir comer um pouco? Eu já provei tudo e, olha, está realmente delicioso. — Disse Elisa. Provar?Então quer dizer que aquela mesa cheia de comida era toda o que Elisa já tinha mexido? O olhar de Alana percorreu a mesa de cima a baixo, observando os pratos e Elisa, que comia com entusiasmo. Uma sensação desagradável tomou conta dela, como se sua cabeça estivesse zumbindo, quase a ponto de sentir náuseas. Mas Elisa parecia completamente alheia à situação e continuou falando sozinha: — Faz tanto tempo que não como a comida do Juan. Desta vez, aqui em Nyerere, vou aproveitar e comer até me fartar! — Ah, chega, Elisa. Não precisa agir como se nunca tivesse visto comida na vida. — Juan apareceu na sala e ouviu o comentário de Elisa, não resistindo em repreendê-la. Ele sabia muito bem como era a família de Elisa. Apesar de não serem tão poderosos quanto a dele, eles estavam longe de ser pobres. O problema era que Elisa se
Elisa, já sem paciência, bateu o sanduíche na mesa, frustrada.Até agora, ela e Juan não haviam tido nenhum progresso. Se as coisas continuassem assim, seu plano acabaria sendo adiado mais uma vez.Respirando fundo, Elisa tentou se acalmar. Mas seus olhos brilharam com uma ideia repentina, enquanto sua mente parecia trabalhar em um novo plano.Enquanto isso, no escritório, Alana havia acabado de se sentar quando recebeu uma mensagem de Erick.[Alana, muito obrigado por ontem. Foi a primeira vez que minha irmã falou com alguém fora de casa.][Você não faz ideia de como fiquei feliz. Compartilhei isso com meus pais, e eles também ficaram muito emocionados. Disseram que, se tiverem oportunidade, gostariam de te agradecer pessoalmente.]Ao ler a mensagem, Alana quase podia imaginar o rosto de Erick. Seus cabelos loiros brilhantes refletem o sol, seus olhos claros irradiando felicidade. Ele devia estar segurando a irmã nos braços, cheio de surpresa e alegria.Só de pensar na cena, Alana sen