Não... Não.
Que direito ele tinha após tudo aquilo vir ao meu quarto e dizer aquelas coisas? Dizer que me amava desesperadamente? Como ele ousava fazer isso comigo depois de tudo?
E porque meu coração tolo e traidor não parava de saltar por causa daquelas palavras.
Não, Jane, aquilo eram apenas palavras e eu não podia me render a elas daquela forma tão estupida.
De repente, Marius aproximou ainda mais o seu rosto do meu e depositou um beijo em minha testa, o beijo mais terno que já recebi na vida, o primeiro e único.
— Está cada vez mais difícil aceitar a ideia que tenho que te deixar partir da minha vida. — Ele sussurrou em meu ouvido, sua voz era profunda e dolorosa.
Aquilo começou a fazer com que os muros que eu havia erguido para afastá-lo começassem a rachar e um medo descomunal tomou conta do meu coração. Não, ele não podia fazer aquilo de novo.
Marius não podia dizer aquelas coisas que faziam meu coração saltar e depois me rejeitar.
— Pare... você não tem o direito de fazer isso