Ao abrir a porta, ele se encontrava calmamente sentado no sofá, seu corpo esguio envolto em um robe de dormir.
- O que você veio fazer aqui? - Indagou Miguel, ao vê-la tão bem arrumada, supondo que ela estivesse ali para pedir reconciliação.
O olhar de Luiza pousou sobre a faixa de fixação em sua perna.
- Não combinamos que iríamos nos divorciar hoje?
A expressão de Miguel esfriou.
- Realmente não pode esperar, não é?
Luiza não respondeu, aguardando em silêncio.
Miguel soltou uma risada de autodepreciação e chamou:
- Eduardo.
- Senhor, me chamou? - Eduardo apareceu pela porta que dava para o exterior.
Miguel se virou.
- Vá até o closet e me traga uma peça de roupa.
- Claro, senhor. Não seria normalmente a senhora a fazer isso? - Eduardo, ainda alheio ao que havia ocorrido entre eles, coçou a cabeça, confuso.
Luiza ofereceu:
- Posso pegar para você?
Ela pensou que seria a última vez, mas Miguel recusou.
- Não é necessário, Eduardo, vá você.
Eduardo foi, relutante, buscar a roupa para Mi