Luiza sentiu um aperto no coração.
- Sogra, como soube?
- Ela me ligou de manhã. - Helena exibia um sorriso que não conseguia esconder.
Luiza finalmente compreendeu a razão da felicidade de sua sogra: soube que Clara estava grávida. Sem demonstrar muita emoção, apenas acenou com a cabeça.
A gravidez da Clara era um fato incontestável, e Luiza nada tinha a dizer sobre isso.
- É filho do Miguel? - Indagou Helena.
- Sogra, melhor perguntar à Clara.
De fato, Luiza não sabia; Clara afirmava ser de Miguel, mas este nunca confirmou a paternidade.
- Deve ser dele. - Afirmou Helena. - Foi o que ela me disse de manhã.
Essa afirmação deixava evidente o quanto a sogra desejava que o filho fosse de Miguel.
Luiza, deprimida, olhava pela janela.
Sabia que não deveria se importar; dois anos antes, seu pai manipulou Miguel, e a família Souza a rejeitava, especialmente a sogra, que, tendo perdido o marido jovem e criado Miguel com esforço, o via como o herdeiro do grupo, ele, então, se casou com a filha