Luiza se esquivou.
Theo apertou os dedos levemente rígidos e semicerrou os olhos.
— Eu aconselho você a aceitar logo. Caso contrário, se eu perder a paciência, talvez tenha que usar a força com você.
— Sem-vergonha! — Luiza o encarou, furiosa.
Theo esboçou um leve sorriso.
— Sem-vergonha por quê? Nós já fizemos nossos votos no casamento, não foi? Você disse "sim" diante do padre.
— Pela lei, eu ainda sou esposa do Miguel.
— Isso não significa nada. — Seus olhos ficaram mais frios. — No País Y, as leis do seu país não têm validade. Aqui, você é minha esposa e não vai escapar.
Luiza apertou os lábios e preferiu não responder, temendo que suas palavras inflamassem ainda mais a conversa.
— Eu queria bater um papo com você, mas hoje não tenho tempo. Preciso sair. Fique aqui quietinha, alguém trará suas refeições. — Depois de dizer isso, ele saiu. Talvez fosse encontrar o general da Brigada do Norte.
Luiza permaneceu no quarto, olhando pela janela para o lado de fora.
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