Durante o jantar, ele a observava o tempo todo.
Luiza abaixou a cabeça para tomar a sopa, desconfortável sob o olhar constante dele. Ergueu os olhos e encontrou os dele:
— Por que está me olhando assim?
— Quando sua avó e as outras voltam para as Américas? — Miguel perguntou enquanto descascava um camarão e o colocava no prato dela com naturalidade.
Luiza olhou para o camarão, esboçou um leve sorriso, não recusou e o levou diretamente à boca:
— Devem voltar amanhã. Hoje já cuidaram de toda a bagagem.
— E seu pai? — Ele continuou, sem desviar o olhar. — Devo começar a organizar o retorno dele para Valenciana do Rio?
Luiza pensou por um momento antes de responder:
— Meu pai vai ficar no País R por enquanto.
— Ainda não confia em mim? — Ele perguntou, encarando ela atentamente.
Luiza respondeu com serenidade:
— Não é isso. Só acho que ainda não está tão seguro. Quero esperar até que tudo esteja resolvido para trazê-lo de volta para Valenciana do Rio.
— Você tem med