Luiza disse de repente:
— Na verdade, quando estávamos nas Américas, eu também me apaixonei...
Miguel ficou surpreso, olhando para ela com seriedade.
— Você se apaixonou?
Ela assentiu com a cabeça.
— Naquela época, menti para você, e isso me fazia sentir um pouco culpada...
Ele ficou em silêncio por um momento.
— Eu era meio louco naquela época, não era?
— Bem louco. Você amava de forma intensa, e foi assim que percebi que você realmente me amava... — Ao lembrar daquele período, ela suspirou. — Nós dois sempre nos amamos.
Ela apenas se decepcionou mais tarde, perdeu a fé no amor, mas sabia que ainda sentia algo por ele.
Porque, no fundo, sempre soube que o motivo de não terem ficado juntos não era a falta de amor.
Ele acenou com a cabeça, sem dizer mais nada, abaixando os olhos para olhar para ela.
Sob a luz, os olhos e o rosto dele pareciam encantadores.
Era um olhar mútuo e sutil.
Luiza não teve coragem de encará-lo e desviou o olhar.
Miguel apertou os o