Ela desviou o olhar, embaraçada, com os olhos baixos, e disse:
— Não chegue perto.
— Você fica se mexendo e ainda quer que eu não chegue perto? — Miguel abaixou a cabeça e a olhou, com um olhar ardente como fogo, o corpo todo tenso de desejo.
Afinal, foi ela quem começou a provocá-lo.
— Foi você quem me segurou à força. — Sua voz continha um tom de mágoa. — Se eu não fugisse, teria que ficar parada e deixar você...
Ela não conseguiu terminar a frase.
Mas Miguel fez questão de perguntar:
— Deixar eu fazer o quê?
Ela ficou vermelha e disse:
— Você sabe.
— Assim? — Ele avançou e demonstrou um pouco do que ela queria dizer.
Luiza sentiu um arrepio na nuca e se segurou nos ombros dele, dizendo:
— Não faça isso.
Ela estava tão nervosa que a ponta do nariz estava úmida de suor, e o rosto, todo vermelho, a fazia parecer uma coelhinha assustada.
Miguel levantou o queixo dela e a encarou diretamente nos olhos:
— Você não quer?
— Não quero! — Ela respondeu na mesma hora.
— Estamos separados há ta